segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A CIÊNCIA DOS MAIAS

O povo maia tem origem incerta, mas antigas escrituras podem ligá-la ao platônico povo atlânte. Os maias se instalaram onde hoje é o sul do México, a Guatemala e Honduras por volta do ano 1000 a.C. A sucessão de descobertas arqueológicas, a partir do século passado, indica o desenvolvimento de uma das mais notáveis civilizações do Novo Mundo, com arquitetura, escultura e cerâmica bastante elaboradas. Sem dúvida nenhuma, essa civilização se baseou nos conhecimentos das culturas arcaicas, anteriores mesmo ao século X a.C.. Mas, foi a decifração dos ideogramas da escrita maia que permitiu reconstituir parcialmente a história deste povo magnífico. A história dos maias pode ser dividida em três períodos: o pré-clássico (1.000 a.C. a 317 d.C.); o clássico ou Antigo Império (até 889 d.C.); e o pós clássico ou Novo Império (também conhecido como "renascimento maia" até 1697). Da idade pré-clássica pouco se conhece, mas pode se afirmar que, neste período, já existia uma estrutura social e religiosa como uma classe sacerdotal especializada em matemática e astronomia. Provavelmente, foi nessa época que foi criado o calendário maia. O fim da idade pré-clássica e o começo da idade clássica foram estabelecidos com base nas primeiras datas que puderam ser decifradas nos monumentos.

As Ruínas de Copán, a oeste de Honduras, foram descobertas em 1570 por Diego Garcia de Placio. Um dos locais mais importantes da civilização maia, estas Ruínas não foram escavadas até o século XIX. Suas fortalezas e praças públicas imponentes caracterizam suas três fases principais de desenvolvimento, antes que a cidade fosse abandonada no início do século X.

Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas, e sobre matemática, lhes permitiram criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade são dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa", que principiava no início da era maia. Eles determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Inventaram um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao qual atribuíram um símbolo.

Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada. Os cientistas, estudiosos da civilização maia, comprovaram que os antigos fizeram muitas observações do Sol, durante sua passagem pelo zênite, na praça cerimonial de Copán. Esta descoberta reafirma que os maias foram grandes astrônomos e que viveram seu período de esplendor entre os anos 250 a 900 d.C.. Durante os solstícios e os equinócios, a posição do Sol gera alinhamentos especiais entre os vários monumentos, altares e outras estruturas da principal praça do sítio arqueológico maia de Copán.

Hoje, o vale de Copán, como outros sítios arqueológicos, é declarado Patrimônio da Humanidade, resguardando o centro dos cerimoniais da civilização maia, que floreceu na América Central no primeiro milênio da Era Cristã.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Qual a melhor forma de recolher e reciclar pilhas e baterias e que prejuízos o descarte pode provocar no meio ambiente?

A forma ideal para o descarte de pilhas e baterias usadas é depositá-las em pontos específicos de coleta seletiva, que as encaminham aos fabricantes ou a empresas especializadas em reciclagem, dando assim uma destinação final ambientalmente adequada. Enquanto a coleta específica não se torna uma realidade no país, o mais sensato é que o consumidor entregue esses produtos a organismos que adotaram campanhas de recolhimento, como, por exemplo, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), no Rio de Janeiro, e uma rede bancária que implantou um sistema de coleta em suas agências. O material assim recolhido vai para aterros industriais, destinados a materiais perigosos ao ambiente.

O descarte de pilhas no lixo doméstico é um fato extremamente grave e, com o passar do tempo, ocorre inevitavelmente a contaminação de plantas, solos e lençóis freáticos, devido à corrosão da blindagem da pilha (invólucro externo de aço) disposta em aterros ditos ‘controlados’ e lixões.

Pilhas e baterias precisam receber uma destinação especial, pois apresentam metais pesados tóxicos, como chumbo, cádmio, mercúrio, níquel, além do eletrólito (solução condutora de eletricidade), que é corrosivo. Esses metais pesados liberados no ambiente após a corrosão do produto usado têm a propriedade de bioacumulação por meio da cadeia alimentar, gerando efeitos tóxicos no organismo humano e de outros animais.

Hoje, graças a pressões políticas e a novas legislações ambientais que regulamentam a destinação de pilhas e baterias em diversos países do mundo, alguns fabricantes já recolhem os produtos usados. Há diferentes processos de reciclagem em escala comercial. Em um deles, os compostos voláteis tais como água, produtos orgânicos e mercúrio são separados da fração metálica, concentrados, tratados e levados a um destino final.

Uma boa medida para evitar a contaminação ambiental é o uso de produtos recarregáveis em substituição aos modelos de uso único, pois a geração de resíduos contendo metais pesados por unidade de tempo é muito menor (da ordem de 100 vezes menos). O problema é que o custo inicial dos produtos recarregáveis é elevado. Embora esse custo seja amortizado ao longo do tempo, grande parte da população não tem poder aquisitivo para comprá-los.


Júlio Carlos Afonso
Instituto de Química,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Desafio para a física: turbulência

Um dos problemas mais desafiadores da física atual está ligado a um fenômeno de grande familiaridade em nosso dia-a-dia: a turbulência. O fluxo turbulento produzido em um jato de água na torneira ou a trepidação inconveniente que por vezes sentimos nas viagens de avião escondem uma física intrigante, da qual ainda há muito a se conhecer. Os desafios para a compreensão desse fenômeno – que por isso mesmo já foi chamado de ‘o último dos problemas clássicos’ em aberto – são o tema do artigo de capa da CH de outubro

sábado, 18 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Homem é tirado de coma com 'campo magnético'

Um homem de 26 anos, que havia entrado em coma depois de sofrer um acidente de carro, teve uma melhora significativa em seu estado de saúde graças a um tratamento com estimulação eletromagnética, segundo reportagem publicada nesta semana na revista "New Scientist".
Josh Villa foi jogado para fora do carro no acidente, e passou quase um ano em estado vegetativo, com poucos sinais de melhoria. "Ele abria os olhos, mas não respondia a nenhum estímulo externo", disse à revista a médica Theresa Pape, responsável pelo tratamento.
O paciente ia ser mandado de volta para casa, onde ficaria sob os cuidados da mãe, quando a médica do Departamento Americano de Assuntos para Veteranos decidiu inscrevê-lo em um estudo relacionado ao tratamento eletromagnético.
O estudo previa a colocação de uma bobina metálica que emite pulsos eletromagnéticos na cabeça para estimular o tecido cerebral.
A técnica, chamada de Estimulação Transcranial Magnética (TMS, na sigla em inglês), vinha sendo investigada como forma de tratamento para enxaquecas, derrames, mal de Parkinson e depressão, com alguns resultados promissores.
Mas essa foi a primeira vez em que ela foi usada em um paciente em estado de coma.

Excitação das células
Os campos magnéticos criados pela bobina podem excitar ou inibir as células do cérebro, fazendo com que seja mais fácil ou mais difícil que elas se comuniquem entre si - no caso deste paciente, a técnica foi usada para estimular as células do córtex pré-frontal do lado direito do cérebro.
Segundo Pape, esta área tem fortes conexões com o tronco cerebral, que envia sinais para o resto do cérebro para que "fique em alerta". "É como se fosse um sinal dizendo 'ok, estou acordado'", disse a médica à "New Scientist".
Depois de 15 sessões do tratamento, Villa passou a olhar para quem falava com ele, o que foi considerado um grande progresso.
Em seguida, ele começou a responder a comandos simples, como acompanhar o movimento de um dedo, e a falar algumas palavras.
Ao todo, o paciente passou por 30 sessões do tratamento. Quando as sessões terminaram, Villa ficou muito cansado e suas condições pioraram um pouco, mas ainda estão muito melhores do que antes.
A eficácia do tratamento ainda não foi comprovada, já que há outros casos em que pacientes de coma apresentaram melhorias semelhantes depois de meses, sem nenhuma intervenção.
Mas Pape, que apresentou o caso em um congresso internacional sobre estimulação do cérebro na Universidade de Göttingen, na Alemanha, argumenta que as condições de Villa melhoravam a cada sessão, o que indicaria o efeito das ondas eletromagnéticas.
Villa não está curado, mas, segundo sua mãe, as melhorias fizeram com que seja muito mais fácil cuidar dele, já que, agora, ele pelo menos consegue interagir com as pessoas e demonstrar suas vontades.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Como funcionam os capacitores


O Capacitor é um dispositivo elétrico simples, que não produz energia, apenas a armazena. Por isso é diferente das baterias e pilhas. Mas, assim como a pilha, o capacitor possui dois terminais. Dentro do capacitor, os terminais conectam-se a duas placas metálicas separadas por um dielétrico. O dielétrico pode ser ar, papel, plástico ou qualquer outro material que não conduza eletrecidade e impeça que as placas se toquem. Você pode fazer facilmente um capacitor a partir de dois pedaços de papel alumínio e um pedaço de papel. Não seria um capacitor muito bom em termos de capacidade de armazenamento, porém funcionaria.
Em um circuito eletrônico, um capacitor é indicado da seguinte forma:





Quando você conecta um capacitor a uma pilha, é isto que acontece:



a placa do capacitor conectada ao terminal negativo da pilha aceita os elétrons que a pilha produz
a placa do capacitor conectada ao terminal positivo da pilha perde os elétrons para a pilha



Depois de carregado, o capacitor possui a mesma tensão que a pilha (1,5 volts na pilha significa 1,5 volts no capacitor). Em um capacitor pequeno, a capacidade é pequena. Porém capacitores grandes podem armazenar uma carga considerável. Você poderá encontrar capacitores do tamanho de latas de refrigerante, por exemplo, que armazenam carga suficiente para acender o bulbo de uma lâmpada de flash por um minuto ou mais. Quando você vê relâmpagos no céu, o que você está vendo é um imenso capacitor onde uma placa é a nuvem e a outra placa é o solo, e o relâmpago é a liberação da carga entre essas duas "placas". Obviamente, um capacitor tão grande pode armazenar uma enorme quantidade de carga.
Digamos que você conecte um capacitor desta maneira:
Você tem uma pilha, uma lâmpada e um capacitor. Se o capacitor for grande, você notará que, quando conecta a pilha, a lâmpada se acenderá à medida que a corrente flui da pilha para o capacitor e o carrega. A lâmpada diminuirá sua luminosidade progressivamente até finalmente apagar, assim que o capacitor atingir sua capacidade. Então você poderá remover a pilha e substituí-la por um fio elétrico. A corrente fluirá de uma placa do capacitor para a outra. A lâmpada acenderá e então começará a diminuir cada vez mais sua luminosidade, até apagar assim que o capacitor estiver totalmente descarregado (o mesmo número de elétrons nas duas placas).
Veja mais em:



http://eletronicos.hsw.uol.com.br/capacitor1.htm





Um abraço, meus queridos alunos! E até apróxima!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Acelerador de partículas


Aquela que é considerada a experiência científica do século - o início do funcionamento do maior acelerador de partículas do mundo, concebido para explorar os enigmas do Universo - começou hoje com sucesso na Organização Européia para a Pesquisa Nuclear (Cern).
Em meio à alegria dos cientistas, que esperavam por este momento há anos, o primeiro feixe de prótons a ser lançado no Grande Colisor de Hádrons (LHC) fez a primeira volta completa em uma hora no gigantesco túnel circular subterrâneo de 27 quilômetros, que fica na fronteira entre a França e a Suíça.
Horas depois, outro feixe de partículas, introduzido na direção oposta, no sentido anti-horário, conseguiu percorrer todo o acelerador.
"Hoje é um dia histórico após 20 anos de trabalho e esforços de milhares de cientistas do mundo", disse à imprensa o diretor-geral do Cern, Robert Aymar.
"Pela primeira vez se conseguiu que o acelerador aceitasse as partículas e que elas circulassem", declarou.
Na experiência de hoje, no entanto, as partículas foram lançadas com muito pouca velocidade e pouco a pouco para comprovar que todas as peças do LHC funcionassem corretamente.
Após o êxito dos primeiros testes, a pergunta que fica no ar é quando acontecerão as primeiras colisões frontais de partículas com velocidade próxima à da luz, ou seja, quando serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o momento sonhado pelos cientistas, mas temido por aqueles que acham que levará ao fim do mundo.
"Não sei quanto tempo demorará. É muito difícil saber. Dependerá de quando a máquina estiver funcionando a pleno rendimento, mas esperamos que seja em poucos meses", afirmou Lyn Evans, diretor do projeto do LHC.
Os cientistas do Cern começarão amanhã mesmo a lançarem feixes em sentidos opostos, e as primeiras colisões poderiam acontecer nas próximas semanas, mas com pouca energia, até alcançar, no final do ano, um máximo de energia de 5 TeV (teraelétron-volts).
Quatro enormes detectores - ATLAS, ALICE, LHCb e CMS -, instalados no acelerador para permitir a observação das colisões frontais entre os prótons serão responsáveis por observarem os milhões de dados que surgirem.
Com custo de US$ 5,64 bilhões, o experimento sem precedentes do LHC foi hoje justificado por seus responsáveis e vários especialistas.
"Sabemos que, apesar dos grandes conhecimentos que temos do Universo, desconhecemos 95% da matéria, e agora temos o mecanismo para transformar a teoria filosófica do Big Bang em física experimental, o que é absolutamente fantástico", afirmou o Prêmio Nobel de Física de 1984 Carlos Rubbia.
"Agora estamos em posição de poder retroceder muito mais, até a origem do Universo, e de poder não apenas observar, mas simular estes instantes", declarou o físico italiano.
"Saber de onde viemos e para onde vamos sempre foi a pergunta que o homem se fez", disse Aymar.
No entanto, Aymar destacou que as descobertas do Cern transcendem a física teórica e têm importantes contribuições práticas, como no campo da medicina, mas também em exemplos como o agora imprescindível "www", inventado por cientistas do Cern em 1990.
Um dos grandes objetivos do LHC é descobrir o hipotético bóson de Higgs, chamada por alguns de "partícula de Deus" e que seria a partícula atômica número 25, após as 24 já constatadas.
A existência desta partícula, que deve seu nome ao físico britânico Peter Higgs, que previu sua existência há 30 anos, é considerada indispensável para explicar a razão de as partículas elementares terem massa, pois as massas são tão diferentes entre elas e confirmaria os modelos usados pela física para explicar o Universo, as forças e sua relação.
"Estamos convencidos de que o que chamamos de modelo standard (dominante na física) não está completo", afirmou Aymar, embora tenha previsto que nenhuma descoberta deste calibre será feita antes de três anos.
Se o bóson de Higgs existe, poderia ser detectado após a colisão de partículas no LHC com velocidade próxima à da luz, afirmam os especialistas.
Por outro lado, Evans afirmou que este acelerador "é um exercício em massa de colaboração mundial, no qual participaram cientistas e especialistas de muitos países, raças e religiões".
Cerca de 10 mil cientistas participaram deste projeto do Cern, entidade que pertence a 20 Estados europeus, mas no qual muitos outros países têm status de observadores
Virginia Hebrero.
Genebra, 10 set (EFE).-

quinta-feira, 28 de agosto de 2008


Rouquidão afeta a maior parte das professoras
IGOR GIANNASI

Folha de S.Paulo
Chega sexta-feira e a professora de inglês Sônia Ferreira, que dá aula há 15 anos, percebe que a sua voz não é mais a mesma. A sensação de falar "mais grosso" é comum após uma semana dividida entre um colégio e uma escola de idiomas.
As alterações vocais são rotina para boa parte das professoras, indica um estudo realizado em conjunto pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e pela UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), publicado em junho.
Das 747 professoras da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista (BA) entrevistadas, 59,2% sentiram rouquidão nos seis meses anteriores.
Foi constatado ainda que 12,9% das professoras já haviam desenvolvido nódulos (popularmente chamados de calos) nas cordas vocais.
As complicações de voz encontradas no estudo são representativas do que acontece entre as docentes no país, segundo Eduardo Reis, professor do Departamento de Medicina Preventiva da UFBA.
Para ele, isso prejudica não só a saúde mas também o desempenho do profissional. "Se o instrumento de trabalho está ruim, o trabalho também está."
Classes lotadas e barulhos externos contribuem para que o profissional exceda o uso da voz. "É comum o professor competir com o ruído da escola", diz a fonoaudióloga Carolina Fanaro Damato, presidente da comissão de divulgação do Conselho Regional de Fonoaudiologia de São Paulo.
Novos hábitos
A professora de inglês Sônia Ferreira começou recentemente um tratamento fonoaudiológico. "Agora presto atenção no que estou fazendo com a minha voz", diz ela, que tenta não falar alto e bebe líquidos na aula.
Essa consciência, porém, não é comum entre os docentes, aponta Leslie Piccolotto Ferreira, professora do Departamento de Fundamentos da Fonoaudiologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
"O professor é um dos profissionais que mais demoram a procurar tratamento. Acha que é natural estar daquele jeito", observa a fonoaudióloga.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Mulheres guerreiras que fazem e acontecem.
Enfim, a tão sonhada medalha olímpica. E de ouro! Oito anos após sua estréia em Olimpíadas, Maurren Maggi sobe ao pódio do salto em distância, deixando para trás uma suspensão por doping e mostrando que tomou a melhor decisão quando decidiu voltar às pistas depois de ter passado dois anos parada. Uma atleta que poderia ter ficado manchada para sempre entra para a história do esporte brasileiro como a primeira a conquistar o lugar mais alto do pódio nos Jogos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Como um iPod pode, literalmente, incendiar suas calças?

Queridos alunos, é bom saber o funcionamento das novas tecnologias para evitar imprevistos como este. Durante seu turno de trabalho no Hartsfield-Jackson International Airport, em Atlanta (em inglês), Danny Williams viu que estava acontecendo algo incomum com suas calças. Elas estavam pegando fogo. O iPod Nano da Apple que Williams tinha no bolso pegou fogo e as chamas atingiram seu peito. Por sorte, Williams conseguiu apagar o fogo sem sofrer nenhum dano físico grave. Ele disse a um canal de notícias local que havia um pedaço de papel cuchê no bolso. Ele acredita que isso o protegeu de queimaduras [fonte: WSB-TV].
Depois que a Apple soube do incidente, a empresa pediu para Williams encaminhar seu iPod queimado e prometeu fornecer a ele um novo. Embora a Apple tenha reagido com rapidez para ajudar um de seus clientes, é provável, contudo, que a empresa ainda esteja prendendo a respiração na sede corporativa. O iPod em chamas de Williams é apenas um exemplo de uma série de produtos eletrônicos que pegaram fogo, custando milhões de dólares às empresas. Williams, não é o primeiro que sofre uma combustão espontânea eletrônica. Celulares, PDAs e laptops de outras empresas também já originaram chamas inesperadas.Pouco mais de um mês antes de o iPod de Williams pegar fogo, outro homem na Geórgia (em inglês) teve um incidente parecido com seu laptop. O laptop Dell 9200 de Douglas Brown começou a faiscar enquanto estava sendo utilizado por ele em casa e irrompeu em chamas. Brown disse para o site ConsumerAffairs.com que "pareciam fogos de artifício, que teriam sido bacanas se não tivessem ocorrido na minha casa" [fonte: Consumer Affairs].Em 2006, um bagageiro suspenso pegou fogo em um avião no JFK International Airport em Nova York por causa de um produto eletrônico com defeito. Esse e outros casos semelhantes fizeram que o Departamento de Transportes dos EUA (em inglês) emitissem uma advertência referente aos produtos eletrônicos em aviões [fonte: The Register].Os incidentes de aparelhos eletrônicos pegando fogo são isolados, por assim dizer. Em resposta a estas explosões esporádicas, porém, uma série de empresas fez um recall dos produtos eletrônicos por causa de suas propriedades inflamáveis. Milhões de laptops fabricados pela Dell, Apple e Lenovo foram enviados de volta à fábrica e substituídos.
Uma carga e tanto
O motivo por trás de todas essas incinerações levou às baterias de íon de lítio comumente usadas em produtos como laptops, celulares e, sim, iPods. A Sony fez um recall de cerca de 10 milhões de suas baterias a um custo de mais de US$ 400 milhões para a empresa. A Apple não confirmou se a origem do incêndio do iPod Nano de Danny Williams foi a bateria, mas os nanos usam baterias de íon de lítio.
Então, qual é o problema com as baterias? Elas funcionam a gasolina?
O HowStuffWorks já abordou as baterias que pegam fogo encontradas em alguns laptops (em inglês) e explicou como funcionam as baterias de íon de lítio (acontece que elas não funcionam a gasolina). Afirmar que as baterias de íon de lítio são potencialmente perigosas não é algo novo. Então, por que as empresas de produtos eletrônicos as utilizam?
A resposta é que as baterias são muito vantajosas. Elas têm a capacidade de armazenar até seis vezes a carga de uma bateria de chumbo (como o tipo usado em um carro) para a mesma quantidade de peso da bateria, o que faz que elas sejam muito valiosas para a fabricação de dispositivos móveis, como celulares e laptops mais leves. Elas também são recarregáveis. O problema com as baterias de íon de lítio é que elas degradam em alguns anos. À medida que as baterias degradam, o mesmo acontece com o lítio (em inglês) e o carbono que geram a carga, e ocorre a formação de impurezas.
A Sony afirma que os incêndios nas baterias são provocados por partículas de metal microscópicas que entram em contato com outras partes do elemento da bateria, causando um curto-circuito. A empresa afirma que, na maioria dos casos, a bateria irá desligar quando ocorrer um curto-circuito. Em algumas circunstâncias, contudo, o curto-circuito provocará um superaquecimento no elemento da bateria, que então poderia irromper em chamas [fonte: Sony].
Os produtos eletrônicos que pegam fogo representam, além de uma ameaça à vida, processos judiciais, recalls e perda de receita. Eles também destacam um aspecto doloroso que é bastante conhecido pelo setor de tecnologia: a tecnologia das baterias não foi capaz de acompanhar o avanço rápido dos produtos eletrônicos. Conforme os iPods ficam menores, os laptops mais leves e os celulares mais finos, os designs desses produtos ainda são delimitados pelo tamanho e, às vezes, pelas baterias perigosas que utilizam. Isso coloca o setor de tecnologia em um impasse; vivemos em um mundo em que a conexão sem fio é cada vez maior. As empresas que fabricam dispositivos sem fio são obrigadas a usar baterias e, no momento, as melhores baterias para dispositivos móveis são as de íon de lítio.
Esse impasse impulsionou uma pesquisa vigorosa para descobrir uma tecnologia de bateria otimizada. Nos últimos anos, ela se tornou o Santo Graal da pesquisa de fonte de alimentação. A empresa que for capaz de fabricar uma bateria mais leve, mais segura e com maior duração poderá assumir o controle da maior parte do mercado. Isso não é segredo, e muitos grupos estão concorrendo para encontrar uma forma de romper a barreira da bateria.
Leia a seção a seguir para saber sobre alguns dos projetos que estão sendo realizados para descobrir a próxima geração de baterias.

Isinbayeva conquista o bi olímpico e bate recorde mundial no salto com vara

da Folha Online
Um dos principais nomes do atletismo mundial na atualidade, a russa Yelena Isinabyeva conquistou o bicampeonato olímpico, nesta segunda-feira, nos Jogos Olímpicos de Pequim, e fez a melhor marca da história da modalidade, superando seu próprio recorde mundial.
Como funciona um relê?
Queridos alunos, vocês sabem o que é um relê e para quê eles servem? O objetivo do relé é utilizar pequena quantidade de energia eletromagnética (proveniente, por exemplo, de um pequeno interruptor ou circuito eletrônico simples) para mover uma armadura que pode gerar uma quantidade de energia muito maior. Por exemplo, você pode usar 5 volts e 50 miliamperes para ativar o eletroímã e energizar uma armadura que suporta 120V AC em 2 ampéres (240 watts).
Os relés são comuns em eletrodomésticos, geralmente quando existe um controle eletrônico que liga algo como um motor ou uma lâmpada. Eles também são muito comuns em carros, onde a fonte de energia de 12V significa que quase tudo no carro precisa de uma grande quantidade de corrente. Nos modelos mais novos, os fabricantes combinam os painéis de relés na caixa de fusíveis para facilitar a manutenção. As seis caixas cinzas nesta foto da caixa de fusíveis do Ford Winstar são relés.

sábado, 16 de agosto de 2008

Cobaias

Queridos alunos, o que vocês acham da utilização de animais em experiências? Comentem aqui!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


14/08/2008 - 16h15
Cientistas criam robô com neurônios de ratos

Um robô que funciona com um verdadeiro cérebro vivo composto por neurônios de rato, capaz de "aprender" comportamentos, como evitar uma parede, foi criado na Universidade de Reading (Reino Unido) por um grupo de pesquisadores.
O cérebro biológico do robô, batizado Gordon, foi gerado a partir de neurônios extraídos de um rato. Os tecidos foram colocados numa solução, separados e depois colocados em uma espécie de leito com 60 eletrodos.
"Em 24 horas, as conexões se reforçaram, formando uma rede como num cérebro normal", explicou o responsável da equipe, Kevin Warwick. "Em uma semana ocorreram impulsos elétricos espontâneos e o que parecia ser uma atividade de cérebro comum."
Reading Univ./Divulgação
Robô Gordon foi gerado por cientistas a partir de neurônios extraídos de um rato
"Utilizamos esta reação para vincular o cérebro ao robô com os eletrodos. Agora o cérebro controla o robô e ele aprende por repetição", disse o cientista.
Estas pesquisas podem facilitar o estudo dos tratamentos para lutar contra as doenças neurodegenerativas (como Alzheimer e Parkinson), permitindo seguir as reações dos neurônios.
Direita, esquerda
Segundo um pesquisador, para que aprenda alguns comandos, eles vão aumentar a voltagem sobre diferentes eletrodos utilizando produtos químicos para favorecer ou reduzir as transmissões entre neurônios.
"Se o robô está num lugar e queremos que vá para a direita, podemos enviar um estímulo elétrico para dar-lhe ordem."
O cientista calcula que existam entre 50 mil e 100 mil neurônios em atividades no cérebro de Gordon. Os ratos possuem no máximo um milhão de neurônios; os homens, 100 bilhões.
"Como no caso do ser humano, se o cérebro de Gordon não for estimulado com frequência, se atrofia. Pelo contrário, com estímulos, as conexões se reforçam e ele fica mais esperto", comentou Kevin Warwick

quarta-feira, 13 de agosto de 2008



Com o laboratório de Física, os alunos demonstram maior interesse pela matéria.

Nosso laboratório de física. Maior dinamismo e estímulo ao espírito juvenil pela ciência.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Big Bang

Big Bang
A Grande Explosão e teoria do nascimento do Universo
Carlos Alberto Campagner*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

A explosão inicial que teria dado origem ao Universo
O Prêmio Nobel de física de 2006 foi concedido a uma dupla de pesquisadores americanos, John Mather e George Smoot, por sua contribuição em comprovar a teoria do Big Bang sobre a formação do Universo.Para explicar a teoria do Big Bang, alguns conceitos devem conhecidos antes.
Efeito DopplerEm 1842, Christian Doppler deduziu que, se um corpo luminoso (ou sonoro) está se aproximando de um observador, o comprimento de onda da luz emitida diminui e, se ele estiver se afastando, aumenta. Esse efeito ficou conhecido como efeito Doppler. No nosso cotidiano, podemos notar o efeito Doppler. Quando um carro se aproxima de nós, buzinando, percebemos o som mais agudo (maior freqüência). Quando ele se afasta, o som se torna mais grave.No caso dos corpos estelares esta mudança de freqüência se dá na luz emitida pelos corpos se afastando, que tendem para o vermelho.
Velocidade das galáxiasEm 1929, o astrônomo Edwin Powell Hubble trabalhando no Palomar Observatory, no telescópio Hale (que, durante muitos anos, foi o maior do mundo) descobriu que as chamadas nebulosas nada mais eram que galáxias distantes. Mais tarde, usando o efeito Doppler, provou que, além de estarem fora da nossa galáxia, a Via Láctea, estavam se afastando a velocidades muito grandes.
Teoria do Big BangOra, se as galáxias estão se afastando, isso poderia significar que elas estavam mais próximas em tempos remotos. E se elas estivessem tão perto ao que se concentrassem em um único ponto no início dos tempos?Nasceu assim a teoria do Big Bang: ponto inicial começou com uma explosão, a uma temperatura altíssima, e o Universo começou a se expandir e a esfriar. Na verdade, esta idéia começou a ser discutida a partir da intervenção do padre e cosmólogo belga Georges Lamaître, quando ele propôs que o Universo teria tido um início repentino.A dilatação do universo foi colocada em uma progressão aritmética por Edwin Powell Hubble, que descobriu a razão de seu crescimento, chamada de constante de Hubble. Com o conhecimento da lei de crescimento e sua razão consegue-se estimar a idade do universo (provavelmente entre 8 e 12 bilhões de anos).
Microondas espaciaisAtribui-se a Arno Penzias e Robert Wilson, dos Laboratórios Bell, em New Jersey, EUA, a detecção, por acidente, da radiação cósmica de fundo, em 1964. Estudando interferências nas comunicações eles descobriram uma interferência que eram microondas vindas do espaço. Esta descoberta reforçou a teoria do Big Bang, pois, a propagação desse chamado ruído de fundo se dava em todas as direções e obedecia a constante de Hubble.Outras descobertas começaram a ser feitas e a reforçar, cada vez mais, a teoria. A medida de elementos químicos leves (hidrogênio e hélio) também mostram as transformações cósmicas.Deve-se, porém, lembrar que o Big Bang ainda é uma teoria, ou seja, não foi provada, mas cada vez mais indícios a reforçam, como é o caso dos apresentados prêmios Nobel de 2006. Novas considerações do cientista russo George Gamow sobre o instante zero propõem que naquele momento a matéria começou a predominar em relação à antimatéria.Mais contribuições deverão surgir num futuro próximo e acabar provando ou refutando essa teoria. É assim que a ciência se faz.
*Carlos Alberto Campagner é engenheiro mecânico, com mestrado em mecânica, professor de pós-graduação e consultor de informática.

domingo, 3 de agosto de 2008

Física é a ciência que trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις (physike), que significa natureza, pois nos seus primórdios ela estudava indistintamente muitos aspectos do mundo natural. A Física difere da Química ao lidar menos com substâncias específicas e mais com a matéria em geral, embora existam áreas que se cruzem como a Físico-química (intimidade da matéria). Desta forma, os físicos estudam uma vasta gama de fenômenos físicos em diversas escalas de comprimento: das partículas subatômicas das quais toda a matéria é originada até o comportamento do universo material como um todo (Cosmologia).
Como ciência, a Física faz uso do método científico. Baseia-se na Matemática e na Lógica para a formulação de seus conceitos.