terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E o carvão do churrasquinho?


A fonte de combustível para as grelhas a carvão vegetal existe há pelo menos 5 mil anos. Ninguém tem certeza sobre quem descobriu o carvão vegetal ou qual civilização fez uso dele pela primeira vez. Indícios de carvão vegetal foram encontrados em todo o mundo e muitas vezes era usado até mesmo nos processos de embalsamamento.

Você pode não saber, mas o carvão vegetal é obtido por meio da carbonização da madeira. A carbonização de lenha é praticada de forma tradicional em fornos de alvenaria com ciclos de aquecimento e resfriamento, que duram vários dias (as temperaturas podem alcançar até 538ºC).

Por que passar por um processo tão trabalhoso em vez de simplesmente queimar a madeira do jeito que ela está? A madeira úmida não favorece um cozimento muito eficiente. A madeira recém-cortada contém muita água, podendo corresponder a mais da metade de seu peso, enquanto que a madeira seca ao ar livre ou no forno contém menos água. Além disso, quando vivas, as árvores contêm seiva e uma ampla variedade de hidrocarbonetos voláteis em suas células, que evaporam quando aquecidos. Quando você põe um pedaço de madeira fresca ou papel no fogo, a fumaça que você vê é proveniente da evaporação dos hidrocarbonetos, que começa quando a temperatura atinge aproximadamente 149ºC. Se a temperatura subir o bastante, esses compostos se inflamam. Quando começam a queimar, a fumaça não é mais gerada, porque os hidrocarbonetos transformam-se em dióxido de carbono e água (ambos invisíveis).

Isso explica por que você não vê fumaça sair de um carvão queimando (ou da brasa). Esse processo expele todos os compostos orgânicos e deixa para trás os minerais não combustíveis na célula da árvore: o carbono e a cinza.

Quando se acende o carvão vegetal, o que queima é o carbono que se combina com o oxigênio para produzir dióxido de carbono, restando apenas a cinza. Essa queima e produz um calor muito intenso com pouca fumaça, tornando o carvão vegetal muito útil para cozinhar, uma vez que não vai encobrir o sabor da comida com os elementos encontrados na fumaça.

http://casa.hsw.uol.com.br/grelhas.htm
Muitas pessoas apontam como vantagem das grelhas a carvão vegetal a diferença em relação ao sabor. O carvão vegetal realmente dá um sabor distinto que não é facilmente reproduzido. É uma decisão difícil para muitas pessoas optar entre a conveniência de uma grelha a gás e o sabor da grelha a carvão vegetal.

A farinha pode explodir?

A farinha e muitos outros carboidratos tornam-se explosivos quando ficam suspensos no ar como pó. Basta cerca de 50 gramas de pó por metro cúbico de ar para que a mistura torne-se inflamável. Os grãos de farinha são tão pequenos que podem pegar fogo instantaneamente. Quando um grão pega fogo, ele queima outros grãos ao seu redor e a chama pode se alastrar por uma nuvem de poeira com uma força explosiva. Praticamente todos os pós de carboidrato, incluindo açúcar, mistura para pudim, serragem fina etc, explodem ao serem queimados.

Quando ouvir uma notícia sobre uma explosão em um elevador de grãos, saiba que foi isso o que aconteceu. Uma faísca ou uma fonte de calor inflamou a poeira no ar e ela explodiu.

Descoberta pode levar à criação de dentes em laboratório

da BBC Brasil

Uma equipe de cientistas da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, identificou o gene que controla a produção de esmalte dentário, a parte externa e dura dos dentes.

A descoberta pode abrir caminho para a reparação do esmalte sem obturações, a criação de dentes em laboratório e o fim das dentaduras.

Os pesquisadores descobriram esta função em testes com camundongos sem o gene Ctip2.

Este gene é considerado um "fator de transcrição" por regular a atividade ou expressão de outros genes. Já se sabia que ele tinha várias outras funções envolvendo respostas imunológicas e o desenvolvimento de pele e nervos.

"Não é incomum para um gene ter funções múltiplas, mas antes disto nós não sabíamos o que regulava a produção de esmalte dentário", disse Chrissa Kioussi, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Oregon.

"Este é o primeiro fator de transcrição que descobrimos que controla a formação e amadurecimento de ameloblastos, que são células que secretam esmalte."

Cáries

"Esmalte é um dos revestimentos mais duros encontrados na natureza, ele evoluiu para dar aos animais carnívoros os dentes rígidos e duradouros de que necessitavam para sobreviver", disse Kioussi.

A especialista acredita que pesquisas que incluam o controle do gene e a tecnologia de células-tronco podem, além de tornar possível a criação artificial de dentes, permitir ainda o fortalecimento do esmalte existente.

Com isso, seria possível reduzir cáries e a necessidade de obturações.

Algumas equipes de pesquisadores já haviam conseguido cultivar partes internas do dente em laboratório, mas não o esmalte.

A pesquisa foi divulgada no "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Físico afirma que aquecimento global afeta rotação da Terra

da Efe, em Madri

O aquecimento global é um dos fatores que influencia a desaceleração da rotação da Terra, mesmo que muito ligeiramente, devido ao aumento do nível dos oceanos pelo degelo dos pólos, o que está afetando as marés e as forças de atração gravitacionais com a Lua.

Em entrevista à agência de notícias Efe, o astrofísico do Goddar Space Flight Center da Nasa (agência espacial americana) Fred Spenak, um dos maiores especialistas em eclipses no mundo e autor de vários trabalhos para a previsão destes, explicou seu trabalho sobre a questão.

Outro dos fatores que, segundo o especialista, está influenciando nesta desaceleração da Terra, cuja rotação não possui um ritmo constante, e que se resolve em termos práticos a cada período de tempo com o ajuste dos relógios atômicos, tem a ver com a composição interna do planeta.

O centro da Terra abriga um líquido quente que faz com que, na rotação, ocorram espasmos arrítmicos, como se fosse um "ovo cozido sacudido, no qual a gema se movimentasse repentinamente de um lado a outro", e isso influiria nas forças de atração gravitacionais.

Spenak disse que o cálculo preciso da velocidade da Terra em sua rotação é uma das chaves para prever os eclipses, um fenômeno transcendental para os cientistas.

O astrofísico destacou "não só a beleza visual" dos eclipses solares, mas também "a valiosa ferramenta que representam para o estudo dos mistérios que perduram em torno da composição do Sol".